domingo, 30 de agosto de 2020

Somari ou (Como Percebi que uma Parte da Minha Infância Era uma Mentira)

Você lembra do primeiro jogo de videogame que jogou na vida?

Alguns talvez tenham essa resposta na ponta da língua. Já outros certamente terão um pouco mais de trabalho para resgatar essa memória (caso ainda tenham ela guardada na cabeça). Ao me deparar com essa questão dias atrás enquanto checava a timeline do Twitter, fiz quase um retorno a infância para chegar à resposta.

O primeiro contato que tive com um videogame foi aos 4 anos de idade, quando me deram um Dinavision. Para quem não sabe, este console nada mais era do que um clone do Nintendo Entertainment System e que rodava normalmente as fitas do videogame original. E depois de muito pensar nos jogos que me divertiram ao longo do tempo em que tive o Dinavision, a conclusão a qual cheguei sobre o primeiro que joguei foi relativamente óbvia: o jogo do Mario. Ao menos era assim que eu me referia ao clássico Super Mario Bros.

Questão respondida e jornada de retorno a infância encerrada, certo? Errado!

Afinal, quando pesquisei sobre Super Mario Bros., me deparei com imagens que nada lembravam o jogo que eu tinha na cabeça. Eu recordava de uma obra cuja coloração era diferente, com tons mais escuros em alguns detalhes, ao passo que as fases não tinham os canos que geralmente fazem parte do universo de Mario Bros. Aliás, até o personagem parecia ter uma definição melhor nessas lembranças.

Mas se Super Mario Bros. não foi o jogo do Mario que eu joguei quando criança, então qual terá sido?

E foi então que, em um universo de games derivados e pirataria, eu encontrei o Somari.

Não sei se isso é possível com consoles mais recentes, mas até uns anos atrás era comum vermos jogos terem alguns de seus detalhes alterados, a fim de serem vendidos como novidades. É algo que vi acontecer principalmente com jogos de futebol, que “atualizavam” um título específico para incluir os novos jogadores de cada time. Somari segue mais ou menos essa lógica. Trata-se de uma versão não-licenciada (ou seja, pirata) do clássico Sonic, mas que coloca Mario no lugar do porco-espinho mais famoso dos videogames. Segundo a nossa querida Wikipédia, o jogo fez muito sucesso na Ásia antes de ser importado para outras regiões. E em algum momento um de seus exemplares acabou indo parar nas mãos de um menino de 4 anos no sul do Brasil.

Ao perceber que Somari foi não só o “jogo do Mario” que tanto joguei, mas também o primeiro de todos, tive um daqueles pequenos choques de realidade. Por um lado, é ótimo ver que eu não estava imaginando coisas e que as imagens que eu tinha na memória fazem sentido. Por outro, é estranho notar que nunca joguei Super Mario Bros., apesar de achar que passei a infância toda me divertindo graças a ele. Uma mentira até divertida agora que paro para pensar.

Mas nunca é tarde para apreciar um bom clássico, certo?

sábado, 29 de agosto de 2020

O que é o Caixa de Sucata?

 

Olá!

Seja bem-vindo ao Caixa de Sucata. Caso você não me conheça, meu nome é Thomás, mas se quiser pode me chamar de Toco. Desde 2009 eu tenho um blog chamado Linguagem Cinéfila, onde escrevo críticas, comentários e mais algumas coisinhas sobre cinema. A arte cinematográfica é a grande paixão que tenho, algo que já me rendeu conquistas pessoais marcantes como a formação em Produção Audiovisual e o reconhecimento entre meus colegas de crítica (faço parte da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul desde 2015). Sempre tive prazer de escrever sobre cinema, mesmo que no fim das contas isso tenha se tornado um hobby e não uma forma de ganhar a vida como desejei por um bom tempo.

Mas às vezes tenho vontade de escrever sobre outros assuntos. E é aí que entra o Caixa de Sucata. Eu poderia escrever essas coisas no Facebook ou no Instagram? Claro, mas é fácil ver as palavras se perderem nas redes sociais em meio a tantas postagens. Um blog me pareceu uma opção mais adequada, seja por ser algo um pouco mais pessoal ou por funcionar melhor como um arquivo. E sobre o que pretendo escrever? Bem, na verdade a ideia é escrever sobre qualquer coisa. Futebol (sou torcedor de carteirinha do Internacional), livros, games, histórias pessoais, epifanias, besteiras... Essencialmente, este será o espaço que tentarei usar como uma caixa para guardar as coisas que tenho dentro da cabeça.

Não sei se isso será interessante para outras pessoas. Mas de qualquer forma, em um nível puramente pessoal, acho que ter onde despejar as ideias pode ser bom. Espero que você goste e, claro, não deixe de acessar também o Linguagem Cinéfila, já que pretendo dedicar o mesmo cuidado aos dois blogs.

Enfim, sigam-me os bons!