Você lembra do primeiro jogo de videogame que jogou na vida?
Alguns talvez tenham essa resposta na ponta da língua. Já outros certamente terão um pouco mais de trabalho para resgatar essa memória (caso ainda tenham ela guardada na cabeça). Ao me deparar com essa questão dias atrás enquanto checava a timeline do Twitter, fiz quase um retorno a infância para chegar à resposta.
Questão respondida e jornada de
retorno a infância encerrada, certo? Errado!
Afinal, quando pesquisei sobre Super Mario Bros., me deparei com imagens que nada lembravam o jogo que eu tinha na cabeça. Eu recordava de uma obra cuja coloração era diferente, com tons mais escuros em alguns detalhes, ao passo que as fases não tinham os canos que geralmente fazem parte do universo de Mario Bros. Aliás, até o personagem parecia ter uma definição melhor nessas lembranças.
Mas se Super Mario Bros. não foi o jogo do Mario que eu joguei quando criança, então qual terá sido?E foi então que, em um universo
de games derivados e pirataria, eu encontrei o Somari.
Não sei se isso é possível com consoles mais recentes, mas até uns anos atrás era comum vermos jogos terem alguns de seus detalhes alterados, a fim de serem vendidos como novidades. É algo que vi acontecer principalmente com jogos de futebol, que “atualizavam” um título específico para incluir os novos jogadores de cada time. Somari segue mais ou menos essa lógica. Trata-se de uma versão não-licenciada (ou seja, pirata) do clássico Sonic, mas que coloca Mario no lugar do porco-espinho mais famoso dos videogames. Segundo a nossa querida Wikipédia, o jogo fez muito sucesso na Ásia antes de ser importado para outras regiões. E em algum momento um de seus exemplares acabou indo parar nas mãos de um menino de 4 anos no sul do Brasil.
Ao perceber que Somari foi não só o “jogo do Mario” que tanto joguei, mas também o primeiro de todos, tive um daqueles pequenos choques de realidade. Por um lado, é ótimo ver que eu não estava imaginando coisas e que as imagens que eu tinha na memória fazem sentido. Por outro, é estranho notar que nunca joguei Super Mario Bros., apesar de achar que passei a infância toda me divertindo graças a ele. Uma mentira até divertida agora que paro para pensar.
Mas nunca é tarde para apreciar
um bom clássico, certo?